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Serranópolis participa na cidade de Missal da IV Conferência Regional de Saúde Mental

Oito municípios participaram das discussões, elaboraram propostas e escolheram delegados para representá-los na Conferência Estadual

A etapa regional da IV Conferência Estadual de Saúde Mental intersetorial do Paraná, foi realizada em Missal na sexta-feira (16) das oito às 17 horas, no Centro de Convivência dos Idoso.
Nesta etapa participaram e discutiram os temas propostos representantes intersetoriais dos municípios de São Miguel do Iguaçu, Santa Terezinha de Itaipu, Itaipulândia, Serranópolis do Iguaçu, Medianeira, Missal, Matelândia e Ramilândia
A etapa regional promoveu o debate de saúde mental e da necessidade da reforma psiquiátrica. A reforma se faz necessária para indicar melhorias nos cuidados com saúde mental no estado, incentivando ao desenvolvimento de ações intersetoriais, com ênfase nos direitos humanos, assistência social, educação, cultura, justiça, trabalho, esporte, entre outros.
O tema discutido na palestra foi Saúde Mental, direito e compromisso de todos: consolidar avanços e enfrentar desafios. A palestrante foi a Doutora em Saúde Mental Nelsi Salete Tonini
O principal objetivo da conferência foi promover o debate nos diversos setores da sociedade buscando recomendações de todos os setores, ou seja, dos diretores de saúde, médicos, enfermeiros, familiares e dos próprios deficientes mentais. Também foram escolhidos e aprovados os delegados para a fase estadual.
“A importância da participação de cada município é grande, mesmo que regional. A apresentação de propostas elaboradas por todos e que altere a forma como o tratamento é feito hoje, principalmente que se discuta os modelos hospitalocêntricos (em que o tratamento é feito diretamente em hospitais), ou seja, hospital versus internamento de paciente. Sabemos que o internamento não trouxe resultados efetivos, o que houve de maneira geral foi famílias internando seus pacientes, umas por dificuldade de cuidar e outras para se verem livres”, explicou Marlei da Rosa Coordenadora Regional da Conferência.
Segundo Marlei a grande preocupação está na internação do paciente, pois o tratamento pode torná-lo improdutivo, e com o aumento do tempo de internação a doença se torna crônica. Ao se tornar crônica o paciente não será reaproveitado na sociedade. Por isso a importância das conferências, para ouvir e descobrir qual a melhor forma de trabalhar a saúde mental.
O ponto forte foi à troca de informações, por isso incentivou-se a participação das pessoas com transtorno mental e das famílias, para que se identifique o principal problema e quais mudanças são necessárias. Essa participação ainda foi bastante tímida, mas o incentivo continuará, evento após evento, como garantiu Marlei.
“Não se nega internação aos pacientes, apenas não se interna todo paciente com problema, trabalhamos para que ele não fique doente, internamento é o último passo”, destacou a coordenadora.
Antes da conferência foram realizadas diversas etapas, entre elas reuniões com representantes dos municípios. Essas reuniões serviram como orientação para a formação das equipes que participaram do encontro em Missal.