Família Acolhedora
Umgesto de amor!
Secretaria de Assistência Social
sex, 21 jul 2017 - 09:03
O município de Serranópolis do Iguaçu está se preparando para a implantação do Programa Família Acolhedora. A iniciativa é do Poder Público Municipal e através da Secretaria de Assistência Social está se adequando para isso. O primeiro passo foi a busca de informações sobre o assunto e à partir daí iniciar todo procedimento legal.
Para a Secretária de Assistência Social, Roseli Adriana Sehn, a expectativa é que o programa já esteja implantado neste ano. “Estamos iniciando o procedimento legal, como por exemplo a formalização de uma Lei Municipal para que possamos efetivamente implantar o programa no município. Ainda neste ano deveremos ter o programa implantado”, fala Rose.
O programa consiste em cadastrar e capacitar famílias da comunidade para receberem em suas casas, crianças, adolescentes ou grupos de irmãos em situação de risco pessoal e social, por um período determinado, dando-lhes acolhida, amparo, aceitação, amor e a possibilidade de convivência familiar e comunitária. A família de acolhimento representa a possibilidade de continuidade da uma boa convivência em ambiente sadio para a criança ou adolescente.
De acordo com a Psicóloga, Michelly Fernanda Morás, o papel da família é fundamental, pois “a criança e o adolescente em situação de acolhimento chegam para o acompanhamento com um histórico de vida peculiar e com muitos percalços. Neste momento, a Família Acolhedora é o procedimento mais indicado, já que os vínculos afetivos com as figuras parentais é extremamente importante para o desenvolvimento infantil saudável”, cita Michelly.
Ainda segundo a Psicóloga, se comparado com um abrigo, o papel da Família Acolhedora é mais positivo. “A criança que é retirada da família em situações comprovadas de abandono, violência doméstica ou desarranjo familiar, mesmo que momentâneo, vai conviver com outro lar, ao invés de ir para um abrigo, e mesmo sendo uma situação transitória, o efeito é positivo já que ela deve aprender a se relacionar, fazer vínculo e ser humanizada. é inevitável dizer que o acolhimento é uma perda para os dois lados, criança e/ou família, porém por meio do acolhimento familiar é possível dizer que se trata de “perder para ganhar”, conclui Michelly.
Toda a família acolhedora recebe, por um período determinado, uma ajuda de custo de um salário mínimo por mês. A maioria das crianças e adolescentes que participam do programa retornam aos seus lares após um período de acolhimento em lar substituto.
Cada família deverá acolher uma criança/adolescente por vez, exceto quando se tratar de grupo de irmãos é que este número poderá ser ampliado.
Casais, mulheres e homens solteiros podem ser acolhedores. As famílias são selecionadas, capacitadas e acompanhadas pela equipe técnica do Serviço de Acolhimento.
Para o cadastro de famílias ou indivíduos no Programa Família Acolhedora são verificados os seguintes critérios:
1) Disponibilidade afetiva;
2) Ter idade mínima de 25 anos;
3) Estar em boas condições de saúde física e mental;
4) Não possuir antecedentes criminais;
5) Possuir situação financeira estável;
6) Possuir uma convivência familiar estável e livre de pessoas dependentes de substâncias entorpecentes.